Criptomoeda, ou simplesmente “crypto”, tem sido um tema importante no mundo financeiro nos últimos anos. Trata-se de uma moeda digital que opera fora dos sistemas bancários tradicionais e utiliza criptografia para assegurar transações. Embora a crypto tenha ganhado popularidade, houve controvérsias acerca da sua permissibilidade nas finanças islâmicas. Neste blog, exploramos o debate sobre se a crypto é haram (proibido) ou halal (permitido) no Islão.
Compreendendo a perspetiva islâmica
As finanças islâmicas baseiam-se em princípios que promovem a justiça e a igualdade nas transações financeiras. Um dos princípios fundamentais das finanças islâmicas é a proibição de riba (juros). Riba refere-se a qualquer excesso ou aumento que o credor obtém como condição para o empréstimo ou para a sua prorrogação. Muitos estudiosos argumentam que o caráter baseado em juros de algumas criptomoedas, como o staking e os empréstimos, as torna incompatíveis com os princípios financeiros islâmicos. No entanto, os estudiosos islâmicos divergem na sua opinião sobre a permissibilidade da crypto.
Argumentos a favor da crypto
Um argumento a favor da crypto é que esta é descentralizada e opera fora dos sistemas bancários tradicionais, tornando-a menos vulnerável aos riscos da banca centralizada. Além disso, a crypto pode proporcionar inclusão financeira àqueles que estão excluídos das instituições financeiras tradicionais. Isto é especialmente relevante em países com maioria muçulmana, onde uma grande parte da população não possui banco. Alguns países de maioria muçulmana até abraçaram a crypto, como a Turquia, que anunciou planos para desenvolver a sua própria moeda digital.
Argumentos contra a crypto
Por outro lado, alguns estudiosos consideram a crypto como especulativa e, por conseguinte, haram. A falta de regulamentação e a volatilidade da crypto também representam riscos para os investidores. Além disso, alguns estudiosos veem a crypto como potencialmente propensa a atividades ilegais, como a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo. Isto deve-se à anonimidade e descentralização da crypto, que dificultam o seu rastreamento e regulação.
Conclusão
O debate sobre a permissibilidade da crypto nas finanças islâmicas está em curso, e as opiniões podem variar entre indivíduos e estudiosos. É importante buscar conhecimento e consultar estudiosos islâmicos antes de tomar decisões pessoais relacionadas com a crypto. Embora existam argumentos a favor da crypto, também há objeções válidas contra ela. No final, cabe a cada indivíduo pesar os prós e os contras e tomar uma decisão informada com base na sua própria compreensão dos princípios financeiros islâmicos. Para tomar uma decisão bem fundamentada, é aconselhável consultar um estudioso islâmico bem informado, como um imã, sobre questões relacionadas com as finanças islâmicas. Dado que há contínuo debate e opiniões divergentes entre os estudiosos sobre a permissibilidade da crypto no Islão, é importante buscar aconselhamento de um estudioso de confiança que esteja bem familiarizado com os princípios financeiros islâmicos. Eles podem orientar-te na tomada de decisões informadas que estejam em conformidade com as tuas crenças e valores pessoais.
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